Guardiãs da Terra
Saberes Femininos do Rio Negro
Projeto de Pesquisa
Pesquisa de Linguagem Cultural: Patrimônio Cultural (material e imaterial) – com foco em educação patrimonial e produção de materiais educativos acessíveis.
Segmento: Pesquisa em Patrimônio Imaterial + Produção Editorial/Educacional (cartilhas, revista, site, podcast, oficinas).
Identificação do Projeto
Cidades de Realização do Projeto:
São Gabriel da Cachoeira (AM) – comunidades e escolas da área urbana e ribeirinha.
Barcelos (AM) – comunidades indígenas e ribeirinhas do médio Rio Negro.
Santa Isabel do Rio Negro (AM) – comunidades ribeirinhas e associações locais.
Presidente Figueiredo (AM) – apoio logístico e acadêmico via IFAM (Campus Presidente Figueiredo).
Manaus (AM) – sede administrativa, apoio técnico, gráfica, divulgação e lançamento parcial.
UF: Amazonas (AM)
Data ou Período de Realização: Outubro/2025 a Setembro/2026 (12 meses)
Valor total do projeto: R$ 80.000,00

Identificação do Proponente
Nome: Terezinha de Jesus Reis Vilas Boas
Cidade: Presidente Figueiredo
Currículo
Formação Acadêmica
  • Pedagogia (UFAM)
  • Especialização em Educação Popular e Contexto Amazônico
  • Mestrado em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia (UFAM)
  • Doutorado em Educação (UFAM)
  • Pós-Doutorado em Educação (Instituição conforme consta no Lattes)
Trajetória Profissional e Acadêmica
  • Professora universitária (pesquisa, docência e extensão).
  • Experiência em educação popular, práticas pedagógicas na Amazônia e projetos sociais/culturais.
  • Foco de pesquisa: ciência, saberes amazônicos e educação comunitária.
Produções e Atuação Cultural
  • Organização e participação em eventos acadêmicos e culturais.
  • Produção científica sobre educação amazônica.
  • Experiência em formação de professores, extensão comunitária e educação popular.
Apresentação
O projeto "Guardiãs da Terra: Saberes Femininos do Rio Negro" propõe a realização de uma pesquisa cultural e educacional sobre o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN), patrimônio cultural imaterial registrado pelo IPHAN, com foco no protagonismo das mulheres indígenas e ribeirinhas na preservação e transmissão desses saberes milenares.
1
Duração e Localização
A iniciativa será desenvolvida ao longo de 12 meses (outubro/2025 a setembro/2026), nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, com apoio acadêmico do IFAM – Campus Presidente Figueiredo e parcerias das prefeituras e associações comunitárias locais.
2
Investimento e Produtos
Com o patrocínio solicitado, no valor de R$ 80.000,00, o projeto viabilizará a pesquisa de campo em comunidades indígenas e ribeirinhas; a produção de 1 revista ilustrada (100 exemplares) e 5.000 cartilhas pedagógicas; a criação de um site acessível com recursos de realidade aumentada; a gravação de um podcast/audiobook (10 episódios); a realização de 3 oficinas educativas e 4 eventos públicos gratuitos de lançamento; e a ampla difusão digital do conteúdo, com previsão de atingir mais de 1 milhão de pessoas nas redes sociais.
3
Acessibilidade e Impacto
Além da pesquisa, a proposta garantirá que todo o conteúdo seja plenamente acessível, com versões em Libras, audiodescrição, PDFs acessíveis e podcasts. O objetivo é transformar esse patrimônio cultural em material educativo para escolas da região e para toda a sociedade, promovendo o acesso democrático ao conhecimento e fortalecendo a identidade cultural do Rio Negro.
Objetivos do Projeto
1
Pesquisa Cultural
Realizar uma pesquisa cultural e educacional sobre o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN), com foco no protagonismo das mulheres indígenas e ribeirinhas, entre outubro/2025 e setembro/2026, nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro (AM).
2
Produção de Materiais
Produzir e difundir materiais educativos e acessíveis, resultando em 1 revista ilustrada (100 exemplares), 5.000 cartilhas pedagógicas, um site interativo com realidade aumentada e um podcast/audiobook (10 episódios), garantindo ampla circulação do conhecimento em formato impresso e digital.
3
Educação Patrimonial
Promover ações de educação patrimonial através da realização de 3 oficinas educativas gratuitas e 4 eventos públicos de lançamento em escolas, centros culturais e auditórios municipais das cidades participantes.
4
Democratização do Acesso
Democratizar o acesso ao patrimônio cultural, garantindo que todo o material seja acessível com recursos de Libras, audiodescrição, legendagem e versões digitais compatíveis com leitores de tela, alcançando presencialmente estudantes e professores da rede pública local e virtualmente mais de 1 milhão de pessoas por meio das redes sociais e do site oficial do projeto.
Justificativa
A iniciativa do projeto "Guardiãs da Terra: Saberes Femininos do Rio Negro" nasce da necessidade de valorizar, registrar e difundir o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN), patrimônio cultural imaterial reconhecido pelo IPHAN em 2010. Essa prática agrícola, desenvolvida há pelo menos 13 mil anos (Neves, 2016; Heckenberger, 2009; Balée, 2013), é um exemplo de sustentabilidade e de como a floresta amazônica foi moldada pela ação humana planejada. O diferencial do projeto está em destacar o protagonismo das mulheres indígenas e ribeirinhas, que são guardiãs da preservação das sementes, da seleção de manivas e da transmissão intergeracional dos saberes (PNCSA, 2014; Lima, 2005; Oliveira, 2018; FOIRN/ISA, 2012).
A execução é favorecida por uma ampla rede de parcerias institucionais, que inclui o Instituto Federal do Amazonas (IFAM – Campus Presidente Figueiredo), as prefeituras de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, além de associações indígenas e ribeirinhas locais. Essa rede garante logística, mobilização comunitária e apoio técnico. Além disso, a equipe é formada por profissionais experientes em pesquisa, produção cultural, audiovisual e educação patrimonial, sob a coordenação da professora Terezinha de Jesus Reis Vilas Boas, PhD em Educação e docente do IFAM.
A adoção da etnografia como metodologia central fundamenta-se na tradição antropológica inaugurada por Franz Boas e consolidada por Bronislaw Malinowski, cujas práticas de observação participante revolucionaram a pesquisa de campo no início do século XX (LAPLANTINE, 2003; MATTOS; CASTRO, 2011). A permanência em campo, a convivência com os povos pesquisados e a aprendizagem de seus códigos culturais garantem a superação de olhares etnocêntricos e permitem uma descrição cultural mais densa e significativa.
Nesse sentido, Clifford Geertz (2008) reforça que a tarefa do etnógrafo consiste em produzir uma “descrição densa”, ou seja, interpretar os significados que os sujeitos atribuem às suas práticas sociais, tecendo as “teias de significados” que constituem a cultura. De modo complementar, Clifford e Marcus (1986) problematizam a própria escrita etnográfica, evidenciando suas dimensões políticas e questionando a neutralidade da produção textual, um ponto fundamental para pesquisas comprometidas com comunidades historicamente marginalizadas.
Autores brasileiros também contribuem para essa discussão. José Guilherme Cantor Magnani (2009) destaca a etnografia como prática e experiência, defendendo que o pesquisador não apenas descreve, mas se coloca em diálogo com os atores sociais, reinterpretando suas próprias categorias à luz dos significados locais. Já Mariza Peirano (1995) enfatiza a importância da etnografia no Brasil como ferramenta crítica para compreender as relações sociais e o pluralismo cultural.
A perspectiva de Lüdke & André (2012), por sua vez, propõe a sistematização da pesquisa etnográfica em três fases – exploração, decisão e descoberta – que dialogam diretamente com a proposta deste projeto, o qual se estrutura a partir de: (i) imersão em campo nas comunidades do médio e alto Rio Negro; (ii) sistematização e curadoria dos dados coletados; e (iii) devolutiva em forma de cartilhas, revistas e conteúdos digitais acessíveis.
Outro aspecto central desta justificativa é o protagonismo feminino negro na coordenação e execução da pesquisa. Ao ser liderado por Terezinha de Jesus Reis Vilas Boas, pesquisadora PHD e mulher negra amazônida, o projeto confronta desigualdades históricas de gênero e raça na produção de conhecimento científico e cultural. Como afirmam Mattos e Castro (2011), a etnografia deve promover a inclusão, a autodeterminação e a valorização das vozes que foram silenciadas ao longo do tempo. Assim, ao reconhecer a centralidade das mulheres negras e de pesquisadoras não-binárias na produção cultural amazônica, o projeto também dialoga com abordagens feministas e interseccionais contemporâneas.

O diferencial do projeto é o ineditismo de transformar uma pesquisa sobre o SATRN em múltiplos formatos educativos acessíveis: cartilhas, revista, site com realidade aumentada e podcast/audiobook. Esse caráter multimídia e inclusivo garante que os resultados atinjam tanto comunidades locais quanto o grande público nacional, com foco especial em estudantes da rede pública de ensino, contribuindo para o aumento do repertório cultural e educacional em regiões de baixo IDH e IDEB.
Problemática da Pesquisa
O Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN), reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2010, é um dos mais sofisticados exemplos de agricultura comunitária da Amazônia. Esse sistema milenar, construído e preservado por povos indígenas e ribeirinhos, constitui não apenas uma estratégia de sobrevivência alimentar, mas também um patrimônio cultural, ecológico e simbólico.
Contudo, apesar desse reconhecimento oficial, o protagonismo feminino no SATRN permanece invisibilizado. Como observa Vilas Boas (2019), há uma tendência histórica da literatura acadêmica e das políticas públicas em generalizar o sistema agrícola como coletivo, ignorando as práticas específicas das mulheres — especialmente no que se refere à seleção de sementes, conservação da mandioca e transmissão intergeracional dos saberes agrícolas.
Invisibilidade dos saberes femininos
Grande parte dos estudos sobre o SATRN ressalta seu valor coletivo (GEERTZ, 2008; PEIRANO, 1995), mas deixa de lado a centralidade das práticas femininas. Essa lacuna compromete a compreensão integral do patrimônio e impede a formulação de políticas públicas adequadas.
Como apontam Clifford e Marcus (1986), todo texto etnográfico é também uma construção política. No caso do Rio Negro, o silenciamento dos saberes femininos reflete um padrão de marginalização estrutural, em que as mulheres indígenas e ribeirinhas são reconhecidas como participantes, mas raramente como agentes epistêmicas centrais.
A ausência de registros sistemáticos dos papéis femininos, como destaca Vilas Boas (2021), reproduz desigualdades de gênero e dificulta a valorização cultural, transformando a invisibilidade em uma problemática acadêmica e política.
Desafios de poder, legitimidade e gênero
A integração entre saberes tradicionais e saberes científicos não ocorre sem tensões. Weaver (2023) demonstra que processos de “tradução” cultural tendem a reforçar hierarquias de poder, legitimidade e gênero, o que pode intensificar desigualdades preexistentes.
No contexto do Rio Negro, práticas femininas como a gestão de roçados e a conservação de sementes são frequentemente desconsideradas nos espaços de decisão institucional, o que reforça o silenciamento político das mulheres indígenas.
Esse quadro está alinhado à crítica de Magnani (2009), que alerta para os riscos da etnografia quando esta ignora as experiências específicas dos grupos pesquisados, fragmentando a totalidade da análise social.
Erosão dos saberes e pressões externas
A continuidade do SATRN também sofre ameaças externas. Estudos recentes apontam que as mudanças climáticas, o avanço da fronteira agrícola e a violência contra comunidades tradicionais impactam diretamente as práticas femininas (INSTITUTO IGARAPÉ, 2023).
Mulheres que atuam como guardiãs do território enfrentam riscos específicos, tanto pela expansão predatória quanto pelas desigualdades de gênero que restringem sua participação em arenas decisórias. Tiriba (2024) adverte que a ruptura do sociometabolismo entre natureza e sociedade acelera a erosão cultural, fragilizando a transmissão intergeracional dos saberes femininos.
Como sintetiza Vilas Boas (2022), a ameaça externa sobre o SATRN não é apenas ecológica, mas também social e de gênero, pois impacta diretamente as mulheres responsáveis pela manutenção da diversidade agrícola.
Documentação e controle comunitário
Outro desafio central refere-se à documentação e divulgação dos saberes tradicionais, especialmente no que se refere à proteção da autoria coletiva das comunidades. A Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI, em inglês World Intellectual Property Organization – WIPO) alerta, em seu Toolkit de Documentação (2017), que processos de catalogação inadequados podem fragilizar o controle comunitário sobre os saberes, expondo-os a riscos de apropriação cultural indevida por agentes externos.
No caso do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN), essa problemática é ainda mais sensível. Como demonstram Vilas Boas (2022) e Peirano (1995), a maioria dos conhecimentos agrícolas femininos é transmitida pela oralidade e está profundamente vinculada à cosmovisão indígena. Tais saberes não podem ser reduzidos a meros registros técnicos, sob risco de esvaziar seus significados culturais, espirituais e políticos.
Além disso, Clifford Geertz (2008), ao propor a “descrição densa”, já advertia que o processo de registrar culturas não pode ser neutro, mas exige uma interpretação cuidadosa para não transformar práticas complexas em dados simplificados. Clifford e Marcus (1986) reforçam essa crítica, lembrando que todo ato de escrita etnográfica é também um ato de poder, o que exige responsabilidade ética diante das comunidades pesquisadas.
Assim, a pesquisa sobre o SATRN enfrenta o desafio de construir estratégias de documentação participativa, garantindo que as próprias mulheres indígenas e ribeirinhas sejam protagonistas da produção do conhecimento. Magnani (2009) defende a importância da etnografia enquanto prática coletiva, na qual os sujeitos pesquisados também são coautores da análise. Essa perspectiva é fundamental para evitar processos de expropriação simbólica e assegurar que a documentação dos saberes femininos resulte em fortalecimento cultural e autonomia comunitária, e não em sua vulnerabilização.
Referências
  • Clássicos da Etnografia e Antropologia
  • GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
  • CLIFFORD, James; MARCUS, George. Writing Culture: the poetics and politics of ethnography. Berkeley: University of California Press, 1986.
  • LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU, 2012.
  • MAGNANI, José Guilherme Cantor. Etnografia como prática e experiência. São Paulo: Terceiro Nome, 2009.
  • PEIRANO, Mariza. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995.
Pesquisas da Coordenadora (Terezinha de Jesus Reis Vilas Boas)
  • VILAS BOAS, Terezinha de Jesus Reis. Educação patrimonial e diversidade cultural no Amazonas. Manaus: EDUA, 2019.
  • VILAS BOAS, Terezinha de Jesus Reis. Saberes tradicionais e protagonismo feminino no Rio Negro. Revista Brasileira de Patrimônio Cultural, v. 12, n. 2, 2021.
  • VILAS BOAS, Terezinha de Jesus Reis. Patrimônio e educação intercultural na Amazônia. Anais do Seminário Nacional de Educação, 2022.
Estudos Contemporâneos e Relatórios Recentess
  • WEAVER, Catherine. Traditional Knowledge and Gendered Power Relations. Journal of Indigenous Studies, 2023.
  • INSTITUTO IGARAPÉ. Mulheres defensoras e territórios tradicionais. Relatório técnico, 2023.
  • TIRIBA, Lia. Sociometabolismo e práticas predatórias na Amazônia. Revista Crítica de Ciências Sociais, 2024.
Organismos Internacionais
  • WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION (WIPO). Documenting Traditional Knowledge: A Toolkit. Geneva: WIPO, 2017.
Síntese da Problemática
Assim, a problemática que fundamenta este projeto é clara: os saberes agrícolas femininos do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN) permanecem invisibilizados, subvalorizados e sob risco de erosão cultural, tanto por pressões externas — como mudanças climáticas, avanço da fronteira agrícola e violência contra comunidades tradicionais (INSTITUTO IGARAPÉ, 2023; TIRIBA, 2024) — quanto por estruturas internas de poder que silenciam a contribuição das mulheres na gestão de roçados, seleção de sementes e transmissão intergeracional de conhecimentos (WEAVER, 2023; VILAS BOAS, 2019; 2021).
O desafio central é documentar, valorizar e difundir esses saberes de forma eticamente responsável, acessível e sob controle comunitário (WIPO, 2017), garantindo que esse patrimônio cultural ancestral seja reconhecido, ensinado e preservado como referência fundamental para as futuras gerações.
Metodologia da Pesquisa
A pesquisa seguirá uma abordagem qualitativa e etnográfica, com ênfase na pesquisa participativa e no respeito aos protocolos culturais indígenas e ribeirinhos. O desenho metodológico articula quatro dimensões principais:
Revisão bibliográfica e documental
  • Levantamento de publicações acadêmicas, relatórios técnicos e documentos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) sobre o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN).
  • Consulta a pesquisas anteriores que destacam o protagonismo feminino nos saberes agrícolas da Amazônia (ex.: Garnelo, 2022; Schmidt, 2019).
  • Sistematização dos referenciais teóricos sobre patrimônio imaterial, gênero e agroecologia.
Pesquisa de campo etnográfica
  • Locais: municípios de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro (Amazonas), abrangendo comunidades dos rios Negro, Xié, Içana e Uaupés.
  • Procedimentos:
  • Entrevistas semiestruturadas com mulheres indígenas e ribeirinhas (agricultoras, guardiãs de sementes, lideranças comunitárias).
  • Observação participante em roçados e atividades agrícolas.
  • Registros audiovisuais (fotografia e vídeo) com consentimento livre e informado.
  • Número estimado: 60 entrevistas em profundidade, distribuídas entre as três cidades e suas comunidades ribeirinhas.
Curadoria e sistematização dos dados
  • Organização dos registros coletados em categorias temáticas (agricultura, cosmovisão, transmissão de saberes, desafios contemporâneos).
  • Edição de materiais pedagógicos (cartilhas, revista, podcasts) a partir da sistematização.
  • Validação comunitária: realização de oficinas de retorno nas comunidades para apresentar os achados e garantir que a narrativa final respeite a visão das participantes.
Produção e difusão dos resultados
  • Elaboração de 5.000 cartilhas educativas (acessíveis em PDF e impressas).
  • Produção de 100 exemplares da revista ilustrada.
  • Criação do site oficial guardiasdaterra.org com materiais multimídia, podcasts e vídeos curtos.
  • Ações de acessibilidade: PDFs adaptados, audiodescrição, intérprete de Libras e versão em audiobook.
  • Distribuição dos produtos em escolas públicas, bibliotecas comunitárias e espaços culturais dos municípios participantes.
Tópicos do Desenvolvimento da Pesquisa
A execução do projeto será organizada em cinco eixos temáticos, que também nortearão a estrutura dos produtos finais (cartilhas, revista e podcasts):
História e contexto do SATRN
  • Origem milenar das práticas agrícolas.
  • Reconhecimento pelo IPHAN e desafios contemporâneos.
Protagonismo feminino
  • O papel das mulheres na seleção e conservação das sementes.
  • Transmissão intergeneracional de saberes.
  • Invisibilidade acadêmica e institucional.
Cosmovisão e território
  • Relação entre agricultura, espiritualidade e território.
  • Organização comunitária dos roçados.
  • Agroecologia tradicional e biodiversidade.
Ameaças e resistência
  • Impactos das mudanças climáticas e da pressão da fronteira agrícola.
  • Ameaças às comunidades indígenas e ribeirinhas.
  • Estratégias femininas de resistência e resiliência.
Educação patrimonial
  • Transformação da pesquisa em materiais didáticos.
  • Estratégias de democratização do acesso.
  • Acessibilidade universal como princípio.
Referências de apoio metodológico
  • Garnelo, L. (2022). Mulheres indígenas e saberes tradicionais na Amazônia. Revista de Estudos Amazônicos.
  • Schmidt, M. (2019). Patrimônio imaterial e práticas agrícolas no Rio Negro. Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
  • Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico NacionalIPHAN. (2010). Dossiê de registro do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro.
  • Organização Mundial da Propriedade IntelectualOMPI (WIPO). (2017). Documenting Traditional Knowledge: A Toolkit.
Público-alvo
O projeto beneficiará diretamente estudantes, professores e comunidades de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, alcançando cerca de 5.000 pessoas presencialmente (incluindo participantes das oficinas, escolas atendidas e eventos de lançamento). Indiretamente, pretende atingir mais de 1 milhão de pessoas por meio das redes sociais e do site oficial. O público é diversificado: crianças, jovens e adultos da rede pública de ensino, pesquisadores, agentes culturais e comunidades indígenas e ribeirinhas.
5000
Beneficiários Diretos
Pessoas alcançadas presencialmente através de oficinas, distribuição de materiais e eventos
1M+
Alcance Digital
Pessoas atingidas através das redes sociais, site e podcasts
100%
Acessibilidade
Todos os materiais serão produzidos com recursos de acessibilidade
Especificações técnicas
O projeto prevê a produção e difusão dos seguintes produtos culturais:
1
Revista Ilustrada
100 exemplares, formato A4, capa colorida, 60 páginas, acabamento em lombada canoa.
2
Cartilhas Pedagógicas
Tiragem total de 5.000 exemplares, formato A5, capa colorida, 10 páginas, impressão em papel reciclado, com linguagem acessível e ilustrações.
3
Site Oficial
Desenvolvido em tecnologia responsiva, com recursos de realidade aumentada (RA), contraste de cores, descrições alternativas de imagens e compatibilidade com leitores de tela.
4
Podcast/Audiobook
10 episódios de 30 minutos cada, distribuídos em plataformas digitais como Spotify e YouTube, com trilha sonora regional e narração feita pelos próprios pesquisadores.
5
Oficinas Educativas
3 oficinas realizadas em escolas públicas de cada município, com média de 50 participantes cada.
6
Eventos de Lançamento
4 eventos em escolas e centros culturais de Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, abertos e gratuitos ao público.
Todos os produtos terão distribuição gratuita e estarão disponíveis em versão digital acessível (PDFs, audiobooks e site), garantindo que o patrimônio cultural do Rio Negro seja democratizado e chegue às novas gerações de forma inovadora e inclusiva.
O que será apresentado no projeto: Produtos e Atividades

Publicações impressas e digitais
  • Será produzida 1 revista ilustrada, intitulada "Guardiãs da Terra: Saberes Femininos no Rio Negro", com tiragem de 100 exemplares em formato A4 e 60 páginas. Esta publicação premium conterá artigos aprofundados sobre o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN), fotografias inéditas de campo e relatos em primeira pessoa de mulheres indígenas e ribeirinhas, focando em suas contribuições para a segurança alimentar e a preservação da biodiversidade. O lançamento oficial ocorrerá em Agosto de 2026 na Biblioteca Pública do Amazonas, em Manaus, seguido por eventos de distribuição e apresentação nas prefeituras de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro. Uma versão digital gratuita e acessível em PDF estará disponível no site do projeto.
  • Serão desenvolvidas 2 cartilhas pedagógicas temáticas, com tiragem total de 5.000 exemplares (2.500 de cada título), em formato A5, cada uma com 30 páginas. A primeira cartilha, "Mulheres Guardiãs: Sementes de Vida", abordará o protagonismo feminino na agricultura e a transmissão intergeracional de saberes. A segunda, "Territórios da Sabedoria: O Mundo dos Roçados", explorará a cosmovisão e a relação com o território. Ambas serão impressas em papel reciclado, com linguagem simples e ilustrações didáticas, pensadas para estudantes do ensino fundamental (6º ao 9º ano). A distribuição massiva será realizada em escolas da rede pública dos municípios pesquisados, além de bibliotecas e associações comunitárias locais, garantindo o acesso democrático ao conhecimento. Também haverá uma versão digital acessível para download.

Plataforma digital e multimídia
  • O site oficial do projeto (guardiasdaterra.org) será uma plataforma acessível e responsiva, lançada em Setembro de 2026. Ele abrigará todo o conteúdo textual, galerias de fotografias de alta resolução, vídeos documentais curtos sobre o cotidiano das comunidades e um recurso de realidade aumentada (RA) interativo, que permitirá aos usuários escanear QR codes presentes nas cartilhas impressas para acessar conteúdos complementares, como vídeos explicativos de técnicas agrícolas ou depoimentos em áudio. O site contará com uma área de download para os materiais educativos em PDF acessível, além de seções completas em Libras e audiodescrição detalhada para todo o conteúdo visual, promovendo inclusão digital.
  • Será produzido um Podcast/Audiobook com 10 episódios de 30 minutos cada, totalizando 5 horas de conteúdo. Os episódios, narrados pelos próprios pesquisadores, apresentarão os resultados da pesquisa de forma didática, incluindo trechos de entrevistas em profundidade, relatos autênticos das comunidades e paisagens sonoras da região amazônica. Os temas dos episódios seguirão os eixos da pesquisa: "A História do SATRN", "O Protagonismo Feminino", "Cosmovisão e Território", e "Desafios e Resistência". O podcast será distribuído em plataformas digitais amplamente utilizadas como Spotify e YouTube, além de estar disponível para streaming e download gratuito no próprio site do projeto.
Ações presenciais de educação patrimonial
Oficinas Educativas
Serão realizadas 3 oficinas educativas gratuitas e interativas, uma em cada município pesquisado (São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro). Cada oficina terá duração de 4 horas e será voltada para estudantes (do 6º ao 9º ano) e professores da rede pública, com uma média de 50 participantes por oficina. As atividades incluirão a apresentação dos achados da pesquisa, discussões sobre o Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro e dinâmicas práticas com sementes e plantas, visando engajar o público na valorização do patrimônio cultural e ambiental da região.
Eventos de Lançamento
Serão realizados 4 eventos públicos de lançamento e difusão dos produtos do projeto. Três destes eventos ocorrerão no interior (auditórios das prefeituras de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro) em Outubro de 2026. O principal evento de lançamento será em Manaus, no Centro Cultural dos Povos da Amazônia, em Novembro de 2026. Nestes eventos, além da apresentação oficial da revista, cartilhas, site e podcasts, haverá sessões de autógrafos com os pesquisadores, depoimentos de lideranças comunitárias e exposições fotográficas, fomentando o diálogo e a participação da comunidade.
Acessibilidade
Todos os materiais e eventos contarão com robustos recursos de acessibilidade para garantir o acesso a públicos diversos. Isso inclui: versão digital acessível em PDF dos materiais impressos, com navegação otimizada e compatibilidade com leitores de tela; audiodescrição detalhada em todas as imagens e vídeos publicados no site; a presença de intérpretes de Libras em todos os eventos de lançamento e oficinas educativas; e a disponibilidade dos podcasts como uma alternativa completa ao material escrito, garantindo o acesso pleno a pessoas cegas ou com baixa visão, bem como a comunidades com acesso limitado à leitura.
Ficha Técnica do Projeto
Título: Guardiãs da Terra: Saberes Femininos do Rio Negro
1
Coordenação Geral
Terezinha de Jesus Reis Vilas BoasPesquisadora PhD, professora do IFAM, Coordenadora Geral do Projeto.
Autodeclaração: Mulher negra.
2
Equipe de Pesquisa e Produção
  • Cleber Costa MaiaJornalista e Pesquisador.
    Autodeclaração: Homem negro.
  • Leandro Costa XavierCineasta, Pesquisador e responsável pela Produção Audiovisual.
    Autodeclaração: Homem pardo, LGBT.
  • Eloína Costa XavierAdvogada, Pesquisadora e Produtora Executiva.
    Autodeclaração: Mulher parda.
  • Raiane Caroline DiasBióloga, Produtora Cultural e Pesquisadora.
    Autodeclaração: Mulher negra, não-binária.
3
Apoio Institucional
  • Instituto Federal do Amazonas – IFAM (Campus Presidente Figueiredo)
  • Prefeituras de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro
  • Associações comunitárias e indígenas do Rio Negro (FOIRN e entidades locais)
  • FETAGRI (FEDERAÇÃO DOS AGRICULTORES E AGRICULTORAS DO AMAZONAS).
4
Produção e Execução Técnica
Farol do Norte Produções – Responsável por:
  • TI e Comunicação Digital: criação e manutenção do site oficial, redes sociais e gestão de alcance digital.
  • Produção Audiovisual e Áudio: gravação e edição de vídeos, podcasts e audiobooks.
  • Design Gráfico e Editoração: diagramação, ilustração e acabamento da revista e das cartilhas pedagógicas.
  • Acessibilidade: desenvolvimento de PDFs acessíveis, audiodescrição de imagens, legendagem, Libras em eventos e consultoria de acessibilidade digital.
  • Gestão Técnica Integrada: apoio logístico e execução dos produtos culturais em conformidade com o cronograma.
Benefícios a serem produzidos
Culturais
  • Valorização do patrimônio imaterial: difusão do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (SATRN), reconhecido pelo IPHAN, com foco no protagonismo das mulheres indígenas e ribeirinhas.
  • Produção de material cultural acessíveis: 1 revista ilustrada (100 exemplares), 5.000 cartilhas pedagógicas, 1 site multimídia com realidade aumentada e 10 episódios de podcast/audiobook.
  • Resgate e difusão de saberes ancestrais: fortalecimento da memória cultural e valorização da história do Brasil anterior a 1500, a partir dos conhecimentos indígenas milenares.
  • Promoção de educação patrimonial: integração dos conteúdos produzidos às escolas públicas locais, ampliando repertórios culturais de crianças e jovens.
Sociais
  • Educação e inclusão: distribuição gratuita das cartilhas em escolas públicas e bibliotecas, promovendo a inserção dos conteúdos no currículo escolar.
  • Acessibilidade cultural: todos os produtos terão recursos inclusivos (audiodescrição, Libras, legendagem e PDFs acessíveis), garantindo o acesso pleno de pessoas com deficiência.
  • Participação comunitária: envolvimento direto de comunidades indígenas e ribeirinhas nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro, fortalecendo vínculos sociais e identitários.
  • Diversidade e representatividade: equipe formada majoritariamente por mulheres, pessoas negras e LGBT+, reafirmando a importância da pluralidade no campo cultural.
Econômicos
  • Geração de emprego e renda: contratação de pesquisadores, produtores culturais, designers, técnicos de audiovisual, intérpretes de Libras e consultores de acessibilidade, além da empresa Farol do Norte Produções como executora técnica.
  • Fortalecimento da economia local: impressão das cartilhas e revistas em gráficas da região, contratação de serviços locais durante as viagens (hospedagem, alimentação, transporte fluvial e terrestre).
  • Sustentabilidade e potencial de continuidade: o site e os podcasts permanecerão disponíveis após o término do projeto, possibilitando novos usos em escolas e centros culturais, ampliando o impacto sem novos custos.
  • Fomento ao setor cultural: consolidação do interior do Amazonas como espaço de produção cultural qualificada, atraindo novos investimentos e parcerias futuras.
Estratégia de Ação
O projeto "Guardiãs da Terra: Saberes Femininos do Rio Negro" será desenvolvido ao longo de 12 meses (outubro/2025 a setembro/2026), dividido em etapas articuladas que garantem a realização da pesquisa, a produção dos materiais e a difusão dos resultados.
1
Planejamento inicial (Outubro/20251 mês)
Atividades:
  • Definição detalhada do plano de trabalho, cronograma e orçamento final.
  • Reunião com parceiros locais (IFAM, prefeituras e associações comunitárias).
  • Contratação da Farol do Norte Produções para execução técnica (TI, audiovisual, design, acessibilidade).
Equipe envolvida: Coordenação geral (Terezinha de Jesus Reis Vilas Boas), equipe de pesquisa, Eloína Xavier (produtora executiva) e Farol do Norte Produções.
2
Pesquisa de campo (Novembro/2025 a Abril/20266 meses)
Atividades:
  • Visitas a comunidades indígenas e ribeirinhas em São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro.
  • Coleta de relatos, entrevistas, registros fotográficos e audiovisuais.
  • Sistematização das informações e analise de dados sobre o protagonismo feminino no SATRN.
Locais de atuação: comunidades do Rio Uaupés, Içana e Xié (São Gabriel da Cachoeira); comunidades do médio Rio Negro (Barcelos); comunidades ribeirinhas e periurbanas de Santa Isabel do Rio Negro.
Equipe envolvida: Pesquisadores (Terezinha de Jesus Reis Vilas Boas, Cleber, Leandro, Eloína, Raiane), apoio comunitário, registro audiovisual (Farol do Norte).
3
Sistematização e redação dos conteúdos (Maio a Junho/20262 meses)
Atividades:
  • Organização dos dados de campo.
  • Redação dos textos das cartilhas e revista.
  • Seleção de imagens e produção de material gráfico.
  • Preparação de roteiros para o podcast/audiobook.
Equipe envolvida: pesquisadores, Farol do Norte (design gráfico, editoração e audiovisual).
4
Produção dos materiais (Julho/20261 mês)
Atividades:
  • Diagramação e editoração das cartilhas e revista.
  • Revisão técnica e acessibilidade dos materiais (Farol do Norte: PDFs acessíveis, audiodescrição, Libras).
  • Impressão de 5.000 cartilhas pedagógicas e 100 revistas ilustradas em gráfica local.
  • Gravação e edição dos 10 episódios do podcast.
  • Desenvolvimento final do site com realidade aumentada.
Equipe envolvida: Farol do Norte Produções, gráfica local, pesquisadores.
5
Ações de difusão e formação (Agosto/20261 mês)
Atividades:
  • Realização de 3 oficinas educativas (uma em cada município do interior), com média de 50 participantes cada.
  • Divulgação online e campanha nas redes sociais (Facebook, Instagram, TikTok e YouTube), com meta de alcance de 1 milhão de pessoas.
  • Publicação dos episódios de podcast em plataformas digitais.
Equipe envolvida: pesquisadores, Farol do Norte (comunicação digital, audiovisual e acessibilidade).
6
Lançamento e encerramento (Setembro/20261 mês)
Atividades:
  • 4 eventos públicos de lançamento (São Gabriel da Cachoeira, Barcelos e Santa Isabel do Rio Negro e Manaus).
  • Distribuição gratuita das publicações impressas.
  • Apresentação do site, cartilhas e podcast ao público.
  • Entrega dos relatórios técnicos e financeiros finais.
Equipe envolvida: Coordenação geral, equipe de pesquisa, Farol do Norte Produções, prefeituras locais e associações comunitárias.
Cronograma de Execução
"Guardiãs da Terra: Saberes Femininos do Rio Negro"
Outubro/2025Planejamento e Preparação
  • Reunião inicial com equipe técnica (ManausIFAM/Presidente Figueiredo).
  • Contratação da Farol do Norte Produções (TI, audiovisual, design, acessibilidade).
  • Compra de domínio, hospedagem e plugins do site.
  • Planejamento logístico das viagens de campo (contato com prefeituras e associações).
Novembro/20251ª Etapa de Pesquisa de Campo
  • Local: São Gabriel da Cachoeira (comunidades ribeirinhas do Rio Negro e Xié).
  • Entrevistas com mulheres agricultoras indígenas (Baniwa, Tukano e Baré).
  • Registros audiovisuais (vídeos e fotos).
  • Oficinas comunitárias para levantamento de práticas agrícolas tradicionais.
Dezembro/20252ª Etapa de Pesquisa de Campo
  • Local: Barcelos (comunidades do Médio Rio Negro, Rio Aracá).
  • Entrevistas e rodas de conversa com mulheres ribeirinhas.
  • Registros audiovisuais (práticas de plantio e colheita).
  • Primeira sistematização parcial dos dados coletados.
Janeiro/20263ª Etapa de Pesquisa de Campo
  • Local: Santa Isabel do Rio Negro (comunidades dos rios Içana e Uaupés).
  • Entrevistas com mulheres agricultoras e lideranças comunitárias.
  • Oficinas participativas para mapeamento de técnicas agrícolas femininas.
  • Registros fotográficos e audiovisuais.
Fevereiro/2026 – Organização e Curadoria da Pesquisa
  • Reuniões internas em Manaus e Presidente Figueiredo (IFAM).
  • Seleção do material audiovisual e textual.
  • Primeira edição de conteúdos para cartilhas e revista.
  • Início da edição dos primeiros podcasts (episódios introdutórios).
Março/2026 – Produção de Conteúdos Educativos
  • Elaboração dos textos das cartilhas pedagógicas (5.000 exemplares).
  • Criação da revista ilustrada (100 exemplares).
  • Revisão técnica e acessibilidade dos materiais (Farol do Norte).
  • Produção de 3 podcasts temáticos.
Abril/2026 – Produção Digital e Testes de Acessibilidade
  • Finalização da programação do site multimídia.
  • Inclusão de plugins de acessibilidade, audiodescrição e PDFs acessíveis.
  • Teste de usabilidade com pessoas com deficiência visual e auditiva.
  • Continuação da edição dos podcasts (mais 3 episódios).
Maio/2026 – Produção Final de Materiais
  • Finalização dos conteúdos gráficos das cartilhas e revista.
  • Diagramação e preparação para impressão (Farol do Norte – gráfica).
  • Produção de novos vídeos curtos para redes sociais.
  • Continuação da edição dos podcasts (mais 2 episódios).
Junho/2026Impressão e Divulgação Inicial
  • Impressão de 5.000 cartilhas e 100 revistas.
  • Distribuição inicial para escolas públicas em São Gabriel, Barcelos e Santa Isabel.
  • Lançamento do site oficial guardiasdaterra.org.
  • Publicação de 2 episódios de podcast.
Julho/2026Distribuição e Oficinas Educativas
  • Oficinas educativas em escolas públicas:
  • São Gabriel da Cachoeira (duas escolas municipais e uma estadual).
  • Barcelos (duas escolas municipais).
  • Santa Isabel (uma escola estadual).
  • Distribuição das cartilhas nas escolas.
  • Publicação de mais 2 episódios de podcast.
Agosto/2026Divulgação Ampliada e Eventos Locais
  • Seminários de apresentação dos resultados parciais (em cada município).
  • Exibição dos vídeos produzidos.
  • Ações de divulgação nas redes sociais (campanha intensiva).
  • Publicação de mais 2 episódios de podcast.
Setembro/2026Encerramento e Entregas Finais
  • Evento de lançamento da revista e do relatório final em Manaus (Teatro Gebes Medeiros).
  • Distribuição das revistas em bibliotecas e secretarias de educação locais.
  • Publicação de todos os podcasts restantes (10 episódios no total).
  • Relatório final de execução e prestação de contas.
Visão Geral do Projeto
O projeto "Guardiãs da Terra: Saberes Femininos do Rio Negro" representa uma importante iniciativa de valorização do patrimônio cultural imaterial brasileiro, com foco no protagonismo das mulheres indígenas e ribeirinhas na preservação e transmissão dos saberes agrícolas tradicionais. Através de uma abordagem multimídia e acessível, o projeto busca democratizar o acesso a esses conhecimentos, contribuindo para a educação patrimonial e o fortalecimento da identidade cultural amazônica.
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